domingo, 27 de novembro de 2011
Iphonografia
Liberdade
O mais legal da proposta do livro, no entanto, não está nas considerações técnicas sobre o aparelho da Apple e seus aplicativos; está na defesa segura de uma postura livre para exercer a criatividade. Nenhuma visão é mais importante do que a sua; nenhuma regra pode pretender impor limites ao tipo de imagem que você acha importante fazer. Não interessa se o uso vai ser exclusivamente para postagem das imagens em redes sociais, ou se a pessoa pretende um trabalho artístico autoral. Encontramos exemplos de "Iphonógrafos" ( o neologismo vai aos poucos sendo criado) e como exploram o aparelho a serviço da criatividade. Jesse Wright, Max Berkowitz, Dominique Jost e Tom Ward são apenas alguns dos nomes que são apresentados no livro. Eles explicam como fazem suas imagens e a importância da Iphonografia no trabalho de cada um. "Eu ainda acho estranho falar do meu trabalho como arte, porque eu não tenho uma formação como artista. A Iphonografia não só me impulsionou fisicamente a diferentes locais e cenários, mas também me impulsionou mentalmente.", diz Dominique Jost, numa pequena síntese sobre o sentimento dos iphonógrafos.
Imagens Líquidas, que sempre defendeu a democracia e a liberdade criativa saúda a chegada deste novo momento na história do registro de imagens!
Créditos das fotos: José Pedro Villalobos - arquivo pessoal e reprodução de capa de "A arte da Iphonografia".
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Escher, um universo fantástico de ilusão e imagens
Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de junho de 1898 - Hilversum, 27 de março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras,litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Um sentido realmente "líquido" para as imagens, uma vez que adquirem o sentido de acordo com o que capta o olhar de quem observa.
Obra
Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de ótica. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa dareligião muçulmana, que proíbe tais representações.
A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. Mais tarde ele foi considerado como um grande matemático geométrico.
Fonte: WikipediaO documentário a seguir traz uma rica amostragem da vida deste fantástico artista.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Mil palavras
sábado, 5 de novembro de 2011
Todos que fazem imagens são jornalistas?
Filtros
É óbvio que as redações devem ter "filtros" e sistemas de checagem para avaliar e avalizar a publicação do material "amador". Sem isso corre-se o risco de dar uma "barrigada" - no jargão jornalístico, cometer um erro grosseiro. Também parece bem óbvio que nenhuma empresa minimamente séria iria basear seu notíciário apenas em imagens oferecidas por não-profissionais. Mesmo porque, enquanto o "leitor-repórter" é ocasional, o profissional estará cumprindo sua carga de trabalho diária e suas pautas.
Por outro lado parece irreversível o movimento de participação das pessoas na vida dos meios de comunicação. Se antes todos eram leitores, ouvintes e telespectadores passivos, hoje a palavra de ordem é interação: não basta apenas acompanhar o conteúdo, é preciso participar. Já para os profissionais da imagem, não há outro caminho: estudar muito, aperfeiçoar-se para ter um diferencial verdadeiro. Se antigamente era comum que fotógrafos começassem como auxiliares de laboratório, motoristas ou contínuos das redações, hoje a maioria dos editores exige curso superior. Segundo Gustavo Roth , da Folha de São Paulo, “a fotografia atualmente cobre assuntos mais frios, tem mais retratos e precisa de mais análise; o fotógrafo precisa de conhecimento e referências; deve ter conceitos de ética, de como funciona a publicação.”
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Lápis da natureza - uma história da fotografia
Daguerre
Em 1839, o francês Louis Daguerre apresentou ao mundo exemplares de seus daguerreótipos , instrumentos que através de um complicado processo envolvendo chapas de prata, banho de iodo e vapor de mercúrio, conseguia fixar as imagens da câmera escura. Fox-Talbot foi surpreendido e tentou reagir, levando à Royal Institution de Londres as amostras do seu trabalho. Não patenteou o seu “processo de desenho fotogênico”, mas, em 21 de fevereiro de 1839 (seis meses antes de Daguerre) divulgou publicamente os detalhes. Mesmo assim, foi o francês que passou à história como inventor da fotografia. Restou a Fox-Talbot expor seu trabalho na obra Pencil of the Nature, lançado com 300 exemplares e que passou a ser o primeiro livro ilustrado com fotografia da história, feito comparável ao de Gutemberg. Foi assim que o inglês entrou para a história como um dos criadores do processo fotográfico físico-químico moderno.