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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mil palavras







"Uma imagem vale mais do que mil palavras". Para mim, esta é uma das expressões mais interessantes que existem. Na imagem temos o sentido completo do momento - ainda que fragmentado, "editado" pelo olhar de quem opera a camera, o celular, enfim. Prescindimos da palavra para descrever a cena. Olhamos e deixamos que o cérebro faça seu trabalho. Por mais que às vêzes o significado não seja claro, ou esteja obscurecido por algum detalhe. Ou ainda porque fomos traídos pelo sentido (da visão) e não percebemos a complexidade da imagem. Olhares desatentos geram compreensões parciais, imprecisas, na verdade não criam boa compreensão. Para que a imagem valha de fato mais do que mil palavras - e assim prescinda delas - é preciso que o olhar seja efetivo, profundo, atento, capaz de perceber mesmo o que não está facilmente aparente. Confesso que não sou sempre assim. Na verdade, não tenho muita paciência para ficar olhando minutos a fio para um quadro, por exemplo. Sou um péssimo visitante de exposições - a urgência de conferir todas as obras não me dá trégua e não descanso enquanto não olhar tudo o que há para ser visto. E é aí que reside o problema: ao querer olhar "tudo", deixo para trás uma infinidade de detalhes que poderiam ajudar na compreensão da obra. Curioso que o mesmo não se dá quando estou atrás do visor de uma camera. A moldura me fornece o foco suficiente para buscar a atenção que falta a olho nú. É como se precisasse "enquadrar" a visão para ter uma percepção completa. Faz sentido?

sábado, 6 de agosto de 2011

Morell - a redescoberta de um princípio da fotografia

E quando se pensa que nada mais pode ser criado, inventado, modificado, eis que surge a interminável capacidade humana de pensar e agir diferentemente dos padrões normais...

A ideia do artista cubano Abelardo Morell foi criar câmaras escuras em quartos por onde passava. Para isso, toda luz era isolada do ambiente e apenas um furo deixava entrar luminosidade. Uma pinhole gigante. Assim, a paisagem externa era projetada na parede do quarto e Abelardo, de dentro da câmara escura, fazia uma foto da projeção.

Nascido em Cuba em 1948, e radicado nos Estados Unidos da América, Abelardo Morell é considerado um dos fotógrafos mais inovadores de um grupo de fotógrafos vanguardistas que, nos anos 90 do século XX, revelou-se contra a noção da fotografia como uma atividade culturalmente controlada.

Em contraste com os artistas pós-modernistas que, na década de 80, procuravam criticar o papel da fotografia dentro da cultura moderna, Morell – juntamente com Ellen Carey, Susan Desges, Adam Fuss, David Goldes, Mike e Doug Starn – concentrou os esforços em redescobrir o senso elementar de admiração e surpresa que a visão fotográfica provocava nos seus inventores e no primeiro público.

A série Câmara Obscura surge inspirada por um desejo em demonstrar o princípio da câmara obscura (literalmente, um quarto escurecido) aos seus alunos da universidade onde lecionava. Esta série foi também influenciada por seu filho Brady, cuja visão infantil levou Morell a revigorar o próprio olhar infantil e torná-lo objeto do trabalho fotográfico.

A capacidade de Morell de ver o mundo como novo e surpreendente evoca não somente a perspectiva de uma criança, mas também a de um completo estranho às tradições pictóricas do ocidente.



O video a seguir revela o modo de trabalho deste artista surpreendente.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Criação, um estado mental de atenção ao mundo

Mini documentário sobre a artista gaúcha Beatriz Balen Susin. Ela explica como é seu processo de criação, conceitos, o olhar sobre o mundo e as coisas...Vale conferir!