quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fotografia, vida e morte

Vasculhando páginas sobre fotografia na internet, encontrei o site "Câmara Obscura" de Rodrigo Fernando Pereira, mestre e doutorando em psicologia clínica pela USP, além de fotógrafo (of course) amador e estudioso do assunto. No texto que está linkado logo abaixo, o autor teoriza sobre o universo da fotografia e sua relação com a morte.
Não deixa de ser perturbador pensar que, de uma certa forma, aprisionamos fantasmas ao fotografar alguém, um fato, uma situação. Por isso a fotografia, por mais produzida, será sempre um "instantâneo", a captura de um instante, um segundo que passou e jamais retornará. Olhar um antigo álbum de família, daqueles que ainda tem fotos em preto e branco, passa a ser uma experiência de transcendência. Às imagens ampliadas se misturam lembranças de sons, movimentos, vozes... Podem ser pessoas, animais, lugares... Isso sem falar nos sentimentos que permeiam os fragmentos de memória - ou o desejo de ter vivido um tempo que não é o presente (referência direta - Meia-noite em Paris, trabalho mais recente de Woody Allen, que brinca com a pergunta: em qual época você gostaria de ter vivido?). Confesso que muitas vêzes me imaginei vivendo em outros lugares e épocas, convivendo com aquelas pessoas "imortalizadas" em fotografias ou filmes antigos...Se isso é uma experiência de morte ou de vida, cada um decide. Ah, para ilustrar este post, a foto é de Porto Alegre no começo do século XX.
http://camaraobscura.fot.br/2011/06/24/fotografia-e-morte/

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