quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Cartier-Bresson

Quase nada existe que possa ser acrescentado ao que já se escreveu sobre o mestre da fotografia Henri Cartier-Bresson ( França, 1908-2004). Dono de um olhar único, Cartier tinha a habilidade insuperável de fazer dos flagrantes, dos instantâneos, o mesmo que se espera de uma foto produzida. A captação do momento exato, a captura da expressão verdadeira, do movimento certo, da cena composta como se cada elemento tivesse sido orientado a estar em sua posição... enfim, faltam palavras para descrever o que este fotógrafo fez. Ainda mais numa época em que não existiam quase recursos de pós-produção. Munido apenas de uma camera Leica (talvez o único diferencial real, já que se tratava de um equipamento fora de série), Cartier-Bresson encantou o mundo com suas imagens.

Biografia

Cartier-Bresson morreu aos 95 anos de idade. Repórter fotográfico com trabalhos feitos para revistas como "Life" e "Vogue", fundou em 1947, ao lado de Robert Capa e outros profissionais, a agência de fotos Magnum. Desprezava fotografias arranjadas e cenários artificiais; dizia que os fotógrafos devem registar sua imagem de uma forma rápida e acurada. Seu conceito de fotografia baseava-se no que ele chamava de "o momento decisivo" - o instante que evoca o espírito fundamental de alguma situação, quando todos os elementos externos estão no lugar ideal.

Segundo Cartier-Bresson, "a fotografia nada mudou desde a sua origem, exceto nos seus aspectos tecnicos, os quais não são minha preocupação principal. A fotografia é uma operação instantanea que exprime o mundo em termos visuais, tanto sensoriais como intelectuais, sendo também uma procura e uma interrogação constantes. É ao mesmo tempo o reconhecimento de um fato numa fração de segundo, e o arranjo rigoroso de formas percebidas visualmente, que conferem a esse fato expressão e significado".



Este pequeno documentário traz um pouco das ideias de Cartier-Bresson em suas próprias palavras. Um dos momentos que mais chama a atenção é quando ele fala sobre como deve ser o olhar de um fotógrafo. Confiram:

Um comentário:

  1. Oi Zé, já tinha visto este documentário. Muito bacana né? Bresson é Bresson. Abraços, Débora

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