sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Poluição visual

Por vêzes você está num determinado local e sente-se desconfortável. Uma espécie de angústia misturada com irritação começa a tomar conta. A vontade é de sair logo dali. Esta percepção - que nem sempre é claramente racionalizável - pode estar relacionada a fatores presentes no ambiente onde a pessoa se encontra. Um ruído intermitente, por exemplo, ainda que não necessariamente alto, quebra a concentração e provoca desconforto. Outro fator que está presente no dia-a-dia das grandes cidades é o excesso de informações visuais. Esta saturação recebe o nome de poluição visual. Fazem parte dela tanto os elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc) dispostos em ambientes urbanos, quanto algumas manifestações visuais não necessariamente ligada a publicidade tais como o grafite, pixações, fios de eletricidade e telefônicos, as edificações com falta de manutenção, o lixo exposto não orgânico, e outros resíduos urbanos. Normalmente ela se soma aos outros tipos de poluição: do ar, das águas e a luminosa, principalmente esta última.

Efeitos

A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um agente que participa ativamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao usuário. Outras cidades criam leis regulando a colocação de placas de publicidade, outdoors, etc. Há ainda municípios que conseguem "enterrar" o cabeamento elétrico, livrando a paisagem da profusão de fios e postes. São atitudes que revelam respeito pela cidadania e, porque não, pela saúde pública, uma vez que os efeitos deste excesso de informações visuais pode trazer não apenas problemas de ordem psicológica: há casos em que determinados outdoors chamam tanto a atençao dos motoristas que acabam provocando acidentes de trânsito.




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