A imprensa registrou quase passo a passo o processo de tomada das áreas antes comandadas pelo tráfico. Imagens mostravam a fuga das quadrilhas. Para acompanhar tudo, outro exército, munido de cameras, celulares e qualquer equipamento capaz de registrar em imagens as cenas de guerra. Fotógrafos e cinegrafistas costumam atuar na linha de frente dos conflitos. Em busca da melhor cena, do melhor ângulo, o sangue congela e o visor da camera parece dar um distanciamento dos acontecimentos capaz de garantir a segurança. Ilusão, é claro.
Que o diga o fotógrafo da Reuters, Paulo Whitaker(foto ao lado), baleado no ombro durante as operaçõs no Complexo do Alemão. Apesar do ferimento não ser grave, revela o risco extremo a que estão submetidos os profissionais de imprensa nestas situações. Nem o capacete e o colete à prova de balas impediram a bala de atingir o profissional.Depois de um período de comemoração das autoridades sobre uma presumida paz, o Complexo do Alemão voltou ao noticiário com novos conflitos. Uma das ações policiais foi registrada em setembro de 2011 pelo repórter Vladimir Platonov, da EBC - Empresa Brasileira de Comunicação, com quem trabalhei na RBSTV há alguns anos. "Armado" com um celular, ele mostra que a situação não é tão pacífica quanto se desejaria. O texto que segue abaixo é do próprio Vladimir e explica melhor as imagens.:
"Guerra no Alemão. Tropa da 9a Brigada de Infantaria sobe o morro, na noite de 6 de setembro, em meio a tiros, bombas e balas traçantes. O objetivo era ocupar a estação Itararé do teleférico, de onde poderiam controlar a situação. O tiroteio durou mais de 2 horas. As imagens são de celular, do repórter Vladimir Platonow. Pelo jeito, o Alemão não está tão pacificado quanto se pensava..."
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