domingo, 27 de novembro de 2011

Iphonografia

Uma resposta consistente parece ter surgido para tentar encerrar a polêmica sobre as fotos com os programas e filtros do I-Phone: IPhonografia. Assim, ao se descolar da fotografia tradicional - digital ou analógica - e suas inúmeras regras e "regras" (aquelas que alguns pretensos "sábios" do assunto pretendem impor aos outros com base tão somente em seus gostos pessoais), os fãs do I-Phone ganham liberdade para fazer seus experimentos da forma que melhor conseguirem e puderem. Neste sentido, um livrinho editado há pouco já surge como uma referência no assunto: A arte da Iphonografia, de Stephanie C. Roberts. Auto-intitulado "um guia sobre criatividade móvel", a obra consegue dar uma visão panorâmica sobre algumas das possibilidades de uso do I-Phone, com seus programas dedicados à captura de imagens e posterior (ou anterior) tratamento. Também estão descritos alguns dos programas mais populares e as formas como podem ser usados.

Liberdade


O mais legal da proposta do livro, no entanto, não está nas considerações técnicas sobre o aparelho da Apple e seus aplicativos; está na defesa segura de uma postura livre para exercer a criatividade. Nenhuma visão é mais importante do que a sua; nenhuma regra pode pretender impor limites ao tipo de imagem que você acha importante fazer. Não interessa se o uso vai ser exclusivamente para postagem das imagens em redes sociais, ou se a pessoa pretende um trabalho artístico autoral. Encontramos exemplos de "Iphonógrafos" ( o neologismo vai aos poucos sendo criado) e como exploram o aparelho a serviço da criatividade. Jesse Wright, Max Berkowitz, Dominique Jost e Tom Ward são apenas alguns dos nomes que são apresentados no livro. Eles explicam como fazem suas imagens e a importância da Iphonografia no trabalho de cada um. "Eu ainda acho estranho falar do meu trabalho como arte, porque eu não tenho uma formação como artista. A Iphonografia não só me impulsionou fisicamente a diferentes locais e cenários, mas também me impulsionou mentalmente.", diz Dominique Jost, numa pequena síntese sobre o sentimento dos iphonógrafos.
Imagens Líquidas, que sempre defendeu a democracia e a liberdade criativa saúda a chegada deste novo momento na história do registro de imagens!

Créditos das fotos: José Pedro Villalobos - arquivo pessoal e reprodução de capa de "A arte da Iphonografia".

Nenhum comentário:

Postar um comentário